Navigation Menu

                          ABOUT GOSH                 THE BLOGGERS                 WHERE TO BUY

ESTEREOTIPO GO AWAY!



Estereótipos. É disto que o mundo vive. É disto que a sociedade se alimenta. Estereótipos. É o tema desta quinta-feira, a fugir dos temas habituais, tais como moda, outfit e maquilhagem. É um tema que me toca especialmente, querem adivinhar o porque? Já há uns tempos falei no meu blog, sobre um assunto muito intimo - as minhas cicatrizes e a estupidez das pessoas. Hoje falo da mente tonta de muita gente nesta sociedade. Falo na primeira pessoa, falo do que sei e falo com certezas. O meu cabelo, quem me segue e me conhece, sabe que troco de cor de cabelo de mês a mês. Eu adoro, sou uma pessoa que se farta rapidamente dos cortes e das cores de cabelo e a verdade é que esta aventura de troca por cores fantasia, não me faz fartar. Considero que esta minha escolha seja mal vista aos olhos de muita gente que deambula pela nossa sociedade. Ora porque associam à demência, ora porque sou hippie, ora porque sou drogada, ora porque sou DIFERENTE!
Eu gosto de ser diferente, gosto, muito. Gosto que me marquem pela diferença. Gosto que me reconheçam por ser diferente. Não pelos meus lindos olhos enormes e negros, nem pelo meu sorriso à criança de 5 anos, mas sim por mim, o pacote completo e por aquela pequena coisa que fica na memória das pessoas. O meu cabelo. Neste momento azul, mas já passou por vários tons, roxo, rosa, vermelho e num futuro será cinzento. Porque? Não me perguntem. A mudança faz bem. Mudar faz bem e o que me faz bem eu quero aos quilos.
Infelizmente o mundo está cheio de complexos, cheio de olhares indiscretos ora porque tem uma cicatriz, ora porque tem um furo no nariz, ora porque tem o cabelo às cores. O tema das cicatrizes, para quem me segue no blog, já não é nada de novo, mas hoje decidi abordar este tema, que tem tido um pequeno grande peso na minha vida. Vocês agora pensam - negativo certo? Não, por acaso não, positivo. Quando pintei o cabelo sabia que iria haver muitas pessoas que iriam olhar de lado outras iam achar piada. Umas fugiriam do autocarro, outras viriam perguntar onde fiz. E depois há aquele pequeno grupo que sorri, sem nos conhecermos de lado algum, num lugar banal onde passam milhentas pessoas, como no metropolitano de Lisboa.
Aqui a questão que muita gente coloca é a questão de qualquer estereotipo, será que vai arranjar trabalho? Será que por ter o cabelo às cores, com 24 anos, como blogger, vai ter menos que fazer? Posso dizer, que mesmo que não seja trabalho remunerado, fui professora durante um semestre de alemão A1.1 na universidade sénior e nem puseram a questão de não me aceitarem. As minhas alunas já me perguntavam qual seria a próxima cor! Atenção, estou a falar de pessoas com já uma certa idade e é sem duvida o melhor exemplo, pois muitas vezes as mentalidades são diferentes. Quanto ao blog pessoal, posso dizer que está a correr tudo normalmente e não é por ter o cabelo as cores que sou discriminada. Mas na rua...ah na rua! Um episódio que me aconteceu há tempos a caminho de casa, sentei-me no autocarro e o único lugar livre era ao meu lado, estava a ouvir musica, distraída e uma senhora queria se sentar, estava com medo...viu uma pessoa com cabelo azul e vestida de preto. Associou logo ao negativismo. Desculpou-se e pediu para se sentar, levantei-me e cedi-lhe passagem, pouco depois a senhora pediu-me desculpa mais uma vez e começou por dizer que já me estava "a tomar de ponta" de algo fora do comum e que tinha feita já um enorme filme na cabeça, mas que depois daquele pequeno gesto e um sorriso disse que de facto estereotipar alguém é muito fácil. Sorri-lhe e disse que não tinha qualquer problema, mas que de facto a mentalidade da sociedade teria que mudar e talvez já esteja em mudança. Quem sabe, até lá, transformarei o cabelo num arco-íris.
O meu cabelo é a minha maquilhagem permanente, a minha personalidade em fios de cabelo, é como me sinto bem. Se usamos maquilhagem no dia-a-dia para nos sentirmos bem conosco próprias, porque não inovar doutra maneira? Eu sinto-me bem, sinto-me eu. Eu gosto de ser eu. Como tu deves gostar de ser tu própria, independentemente de qualquer outro factor.






0 comentários: